“O objetivo do projeto é protestar contra o descaso do prefeito (Gilberto Galbeiro), que ignora a falta de vagas no cemitério municipal. A prefeitura reservou R$ 200 mil para a compra de uma área para a ampliação do cemitério, mas o prefeito deixa o dinheiro parado no banco enquanto as sepulturas vão sendo ocupadas”, disse o autor do projeto, único a fazer oposição ao prefeito na Câmara de Paraíso. A proposta do vereador provoca risos em parte dos habitantes da cidade, mas também é encarada como um sinal de alerta por algumas pessoas. Para o aposentado Antonio Gonçalves, 81 anos, o projeto do vereador “é coisa de louco.” “Ainda bem que eu já tenho a minha sepultura comprada e a lei não vai me afetar”, emendou após uma longa gargalhada. Já o caminhoneiro Orlando Frigeri, 75, apoiou o protesto do vereador. “A situação do cemitério da cidade fica pior a cada dia que passa. A prefeitura precisa tomar uma providência”, disse. O projeto de lei vai passar pelas comissões permanentes da Câmara de Paraíso e deverá ser incluído na pauta de votação do dia 20 de abril. O prefeito Gilberto Galbeiro (PP) não foi localizado na prefeitura para falar sobre a proposta.
Vice apoia projeto que proíbe mortes
O vice-prefeito de Paraíso, Geraldo Baratto (DEM), declarou apoio ao protesto do vereador Luiz Carlos Rosa (PP). “Sou amigo do Gilberto Galbeiro (prefeito), estou com ele na Prefeitura de Paraíso, mas não vou negar que o vereador tem razão ao afirmar que o cemitério precisa ser ampliado. Se acontecer um acidente com mais de 10 mortos não teremos sepulturas suficientes para enterrar os corpos”, disse. Baratto afirmou que medidas paliativas estão sendo adotadas para aumentar a capacidade do cemitério. Além das 10 sepulturas que ainda estão livres, a prefeitura começou esta semana a reformar túmulos abandonados. Essa medida garantirá a abertura de mais 12 sepulturas.
“Mesmo com essas medidas, o prefeito precisa dar início ao processo de desapropriação de uma área para a construção do novo cemitério, caso contrário teremos que sepultar nossos mortos nos cemitérios das cidades de Palmares Paulista e Embaúba, vizinhas de Paraíso”, afirmou o vice-prefeito.
Silêncio
Se entre os moradores o protesto de Luiz Carlos provoca risos e reflexão, para a classe política a proposta deve ser ignorada. Procurado pela reportagem,o presidente da Câmara de Paraíso, Edimar Donizete Isepan (PSDB), disse, por meio de seu assessor jurídico, que fez um pacto com os demais vereadores da cidade para não comentarem o projeto de lei parlamentar do PPS. O padre Marcelo, da paróquia de São Benedito, também não quis comentar o assunto.
FONTE: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Politica/56059,,Lei+de+vereador+quer+proibir+novas+mortes+em+Paraiso.aspx
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