02 abril 2011

Inflação alta prejudica mais as classes menos favorecidas

NOTICIAS DO DIA: 01/04/2011 - 14h35
Inflação alta prejudica mais as classes menos favorecidas
Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil


O aumento dos preços dos alimentos no mercado internacional, nos últimos seis meses, fez com que os valores no mercado doméstico também subissem, provocando reajustes em outros segmentos de comércio e serviços. Isso porque “a indexação ainda é um traço cultural muito forte no Brasil”, de acordo com o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo.

A alta dos preços prejudica toda a sociedade, mas, quando se trata de alimentos, especificamente, os mais prejudicados são os mais pobres, porque a alimentação tem maior peso na composição dos seus gastos. Isso é mostrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), para famílias com renda de até oito salários mínimos, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para aquelas que recebem até 40 salários.

Dos sete conjuntos de preços que compõem os dois índices do IBGE, o item alimentos é o que tem maior peso em ambos: de 33,10% no INPC e de 25,21% no IPCA. Em função disso, o IPCA – índice que serve de parâmetro para as correções oficiais – acumulou inflação de 6,01% nos 12 meses terminados em fevereiro, enquanto a inflação pelo INPC no mesmo período foi de 6,36%, apesar de os preços dos alimentos terem tido menor variação em fevereiro, comparado aos meses imediatamente anteriores.

As famílias de menor poder aquisitivo também são mais prejudicadas em mais dois itens de primeira necessidade, coletados pelo IBGE: habitação e vestuário. Os mais pobres, que não têm casa própria, pagam aluguel indexado ao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que tem variado em torno de 11% ao ano. As roupas também têm peso no orçamento dessas famílias. A habitação tem peso de 12,53% no INPC e de 10,91% no IPCA, enquanto vestuário pesa 13,16% e 12,49%, respectivamente.

De acordo com coleta de preços nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia, o IBGE verifica que os brasileiros com melhor situação financeira gastam mais com transportes e comunicação (18,77% na composição do IPCA e 11,44% no INPC, respectivamente), despesas pessoais (15,68% e 13,36%) e saúde e cuidados pessoais (8,85% contra 7,56%). Artigos de residência são o único item de preços com peso igual nas duas medições de inflação, com equivalência de 8,09%.


http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/04/01/inflacao-alta-prejudica-mais-as-classes-menos-favorecidas.jhtm

OUTRO ASSUNTO IMPORTANTE:

Balanço da Fenabrave inclui até carreta para jet sky

Todo o mês é a mesma coisa: cada entidade divulga um balanço diferente e o pobre do leitor passa a não entender o que se passa no setor. Nós divulgamos hoje cedo o balanço de vendas de carros e comerciais leves, com base nos licenciamentos registrados pelo Renavam. O crescimento de vendas no acumulado de janeiro a março é de 3,5%.

Ocorre que no início da tarde a Fenabrave, a federação que reúne as associações de marcas, divulgou o seu relatório onde anuncia aumento de vendas de 6,5% no trimestre. O problema é que nos números da Fenabrave estão incluídos todos os veículos automotores e não apenas carros e comerciais leves. Estão também caminhões, ônibus, motos, máquinas agrícolas e até carretinhas de transporte de jet sky.


Vale destacar, nos números da Fenabrave, o balanço por segmento, onde confirma o número de 3,5% para carros e comerciais leves.

O setor de caminhões vendeu 39.413 unidades nos três primeiros meses deste ano, contra 31.053 unidades no mesmo período de 2010, uma alta de 26,92%. De fevereiro para março, o segmento cresceu em 14,1%.

As vendas de ônibus evoluíram 25,03% este ano, até aqui, passando de 6.453 para 8.068 unidades no trimestre. No mês a alta foi de 10,92%.

O segmento de implementos rodoviários cresceu 11,5% comparando o acumulado do primeiro trimestre do ano passado e no de carretas para transporte de motos, barcos, etc foram negociadas 18.789 unidades, 37,2% a mais que no primeiro trimestre de 2010


Duas Rodas
O setor de motos cresceu 8,12% na comparação entre o primeiro trimestre de 2011 e 2010, passando de 405.687 unidades para 438.647 motos emplacadas no período. Em março houve crescimento de 10,31% sobre fevereiro, com 160.298 unidades vendidas.




Álcool sobe 14% em São Paulo. A vantagem é abastecer com gasolina
O preço do litro do álcool combustível subiu 14,27% em março na cidade de São Paulo, conforme pesquisa do Ticket Car. A região Central e a zona Oeste da capital paulista são os locais mais caros para abastecer com gasolina, R$ 2,71 e R$ 2,66 o litro, respectivamente. Nas zonas Oeste e Norte estão os valores mais baixos: R$ 2,12 e R$ 2,13.

A média do preço em São Paulo é de R$ 2,65 para a gasolina e R$ 2,15 para o etanol.

A Ticket Car pesquisou os preços dos combustíveis em todo o Brasil concluiu que em nenhum estado da federação o álcool é vantajoso ao usuário, do ponto de vista financeiro. A média de preço do álcool é R$ 2,23 por litro em todas as regiões brasileiras, 4,73% mais caro que em fevereiro. A gasolina R$ 2,72 por litro.

Joel Leite (http://omundoemmovimento.blog.uol.com.br/arch2011-04-01_2011-04-30.html#2011_04-01_13_39_09-142809534-0)

MINHA OPNIÃO:
Nós que estamos entre Usinas de Etanol (Álccol), estamos pagando um valor muito alto pelo preço do combustível.

Nenhum comentário: