15 maio 2012

H1N1: Contabilizados quatro casos

H1N1: Contabilizados quatro casos




A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Catanduva anunciou ontem mais dois casos positivos da Gripe H1N1 (Gripe Suína) registrados no município. Os novos casos foram registrados durante a última semana. Desta forma, agora são quatro positivos. A pasta também registrou aumento nos casos suspeitos, com o total de 11.


Do total de suspeitos, seis eram de Catanduva e cinco de município. Os novos casos foram registrados durante a última semana. Desta forma, agora são quatro positivos. A pasta também registrou aumento nos casos suspeitos, com o total de 11. Do total de suspeitos, seis eram de Catanduva e cinco de municípios da região. Oito resultados foram revelados, sendo quatro casos negativos e quatro positivos. Dos positivos, dois são da região e dois de Catanduva. Três pacientes ainda aguardam resultados dos exames

O aumento no número de casos suspeitos da doença também foi confirmado pelo médico infectologista Arlindo Schiesari Júnior, do Hospital Emílio Carlos. “Nesse ano, até o momento, o número de casos suspeitos parece ser maior que o ano passado. Chama a atenção a circulação mais precoce do vírus (outono), já que normalmente se espera que isso ocorra no período do inverno. Isso pode ser um aviso de que poderemos ter um maior número de casos da doença em nossa região nesse ano”, alertou o especialista.


Apesar dos casos da doença, a SMS disse não ter alterado o protocolo de atendimento nas unidades básicas de saúde. A única restrição, segundo Schiesari, são as funcionárias gestantes que atuam em áreas hospitalares.


“Preconiza-se que as funcionárias gestantes não trabalhem em setores hospitalares onde se encontram internados pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por Influenza”, explicou o infectologista.


O aspecto endêmico da doença – ou seja, o vírus permanece em circulação desde 2009 – é um dos principais motivos para a realização das campanhas anuais de vacinação contra a Influenza. O efeito da vacinação coletiva ocorrida há dois anos, quando da ocorrência da pandemia, já não traz nenhum resultado. “A proteção vacinal tem duração de apenas um ano. Isso porque o vírus frequentemente sofre mutações que impedem o efeito protetor da vacina por mais de 1 ano. Ou seja, por causas dessa mutações, os vírus tornam-se diferentes a cada ano, de modo que a produção de vacinas e as campanhas de vacinação devem ser atualizadas e realizadas anualmente”, salientou.


O médico também explicou que idosos, pacientes portadores de doenças crônicas, gestantes e crianças de 6 a 1 ano e 11 meses e 29 dias enquadram-se no grupo que pode trazer complicações da doença. “Populações especiais como idosos, pacientes portadores de doenças crônicas, gestantes e crianças de 6 a 1 ano 11 meses e 29 dias devem sempre ser vacinadas, pois o risco de complicações da doença é maior nesse grupo. Cuidados de higiene, como lavar bem e com freqüência as mãos com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar também são fundamentais para diminuir o risco de infecção por Influenza”, alertou o infectologista.


A atual campanha de vacinação não deve ser estendida, já que a data é determinada pelo Ministério da Saúde.


Schiesari disse ainda que o vírus pode sofrer mutações e, como conseqüência, evoluir para uma forma mais grave da doença. “Apesar de não haver uma periodicidade definida, espera-se que uma grande e nova mutação ocorra de tempos em tempos, o que confere ao vírus uma habilidade formidável de adaptação e geração de pandemias, tais como a Gripe Espanhola em 1918, Gripe Asiática em 1957 e a Gripe "Suína" em 2009. Em geral, quando um novo vírus mutante entra em circulação, a doença tende a disseminar-se rapidamente com maior número de casos graves.


Fonte: O Regional

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